Viagem
Cheguei de Brasília no voo da Gol no domingo à noite e
na segunda-feira às 8h30 da manhã peguei um ônibus em Imperatriz (MA)
com destino a Parauapebas (PA). A viagem vinha tranquila até Marabá,
onde almoçamos. Por volta de 14h30, já na BR 155, chegamos à vila
Sororó, a 40 quilômetros de Marabá. Lá, a fila de caminhões, automóveis e
ônibus já era bastante grande. Todo mundo esperando a boa vontade dos
Sem-Terra em liberar a estrada. Até hoje a tarde, a rodovia ainda não
havia sido liberada, pois dependeria de uma reunião de autoridades e
lideranças do movimento marcada para às 16hs, em Marabá.
Espera
Após uma longa espera, no final do dia a Polícia
Rodoviária Federal informou que a rodovia não seria liberada na
segunda-feira e pediu para que todas as pessoas fossem embora. Muita
gente ficou lá mesmo na beira da estrada. Outras pessoas voltaram para
Marabá para se abrigarem em hotéis, já que nas vilas Sororó e Monte
Sinai, do lado de cá, isto é, no sentido Marabá-Parauapebas, já não
havia mais água mineral nas lanchonetes e os lanches não eram
suficientes para atender a demanda de motoristas e famílias que
aguardavam a liberação da rodovia.
Eu mesmo dormi em Marabá e nesta terça-feira pela
manhã saí em busca de algum meio de transporte para chegar até a
Parauapebas. O preço da passagem normal é R$ 25,00, mas motoristas de
van estavam cobrando entre R$ 50,00 e R$ 60,00 até Parauapebas, alegando
que tinham que fazer um longo desvio por estrada de terra. Outras
pessoas optaram, ainda na noite de segunda-feira, em viajar no trem da
Vale.
Isto é, repito, uma verdadeira falta de respeito às
pessoas que querem exercer seu direito de ir e vir. As autoridades
precisam tomar uma providência, para que essa violação aos direitos
constitucionais não ocorra mais no Pará ou qualquer outro lugar do
Brasil.
MST
A mobilização do MST cobra as promessas não cumpridas do superintendente nacional do INCRA, Carlos Guedes e Guedes, já que em fevereiro desse ano, Guedes esteve em Marabá e se comprometeu a desapropriar até novembro de 2014 oito áreas ocupadas pelo MST, que beneficiaria cerca de duas mil e quinhentas famílias. Entretanto, as famílias seguem acampadas sem resposta do INCRA. A maioria dos acampamentos já passam de oito anos. A promessa de Guedes foi feita após uma infeliz declaração em novembro de 2013 aos dirigentes do MST, dizendo que não “era responsável pela reforma agrária no Pará”. Diante da repercussão de sua afirmação na imprensa nacional Guedes resolveu fazer uma visita ao Pará e acordar tal promessa.
A mobilização do MST cobra as promessas não cumpridas do superintendente nacional do INCRA, Carlos Guedes e Guedes, já que em fevereiro desse ano, Guedes esteve em Marabá e se comprometeu a desapropriar até novembro de 2014 oito áreas ocupadas pelo MST, que beneficiaria cerca de duas mil e quinhentas famílias. Entretanto, as famílias seguem acampadas sem resposta do INCRA. A maioria dos acampamentos já passam de oito anos. A promessa de Guedes foi feita após uma infeliz declaração em novembro de 2013 aos dirigentes do MST, dizendo que não “era responsável pela reforma agrária no Pará”. Diante da repercussão de sua afirmação na imprensa nacional Guedes resolveu fazer uma visita ao Pará e acordar tal promessa.
Lima Rodrigues
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