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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Estudantes da USP fazem novo ato contra presença de PM no campus da universidade

Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fazem na tarde de hoje (10) um novo ato contra a presença da Polícia Militar (PM) no campus da instituição. Cerca de 500 alunos, segundo a polícia – e mais de mil, segundo os organizadores – saíram em passeata da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro antigo da cidade, e percorrem as ruas próximas. Após a caminhada, está prevista uma assembleia geral.
Além da saída da PM do campus, eles acusam a corporação de ter cometido abusos na desocupação do prédio da reitoria, na última terça-feira (8), e também pedem a renúncia do reitor da universidade, João Grandino Rodas. Os alunos gritam palavras de ordem em apoio à greve iniciada há dois dias.
“Estamos aqui contra a ação truculenta da polícia e para chamar a atenção da sociedade para a falta de diálogo que existe entre a direção da USP e a sua comunidade. Se a reitoria fosse realmente aberta, eles teriam resolvido no diálogo a questão da ocupação”, disse o aluno Augusto, que só quis se identificar pelo primeiro nome.
Do último dia 1º até o dia 8, um grupo de alunos ocupou o prédio da reitoria. A PM cumpriu a ordem judicial de reintegração de posse do prédio e prendeu 70 estudantes, dos quais 24 mulheres. Eles foram levados à 91ª Delegacia de Polícia e tiveram de pagar fiança pela libertação.
A rediscussão da presença da Polícia Militar no campus da USP e a reavaliação de processos abertos contra alunos e trabalhadores da universidade estão entre os principais pontos reivindicados pelos estudantes que ocuparam a reitoria.

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