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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Tabloide diário inglês descreve Manaus como 'um dos lugares mais mortais da Terra'

Com o título “Manaus homicida: Torcedores ingleses enfrentam jogo da Copa do Mundo em um dos lugares mais mortais da Terra”, o site do tabloide diário britânico The Daily Mirror – que tem uma circulação diária de mais de 1 milhão de exemplares - lançou uma matéria neste domingo (8) alertando ingleses que pretendem assistir à estreia de sua Seleção na Copa do Mundo de 2014 sobre a capital amazonense, descrita no texto como um “buraco de inferno controlada pelo crime” e listada como a 11ª cidade mais perigosa do planeta.

Como argumentos, o repórter Patrick Hill usou o dado de que, em 2012, 945 homicídios aconteceram em Manaus, sendo que 70% deles estariam ligados ao tráfico de drogas. Mas o crime e a decadência da cidade não são os únicos pontos negativos da matéria, que passa a focar nos preços “absurdamente caros” cobrados aos turistas que visitam a cidade.

A reportagem diz que, na noite de sábado, apenas poucos quartos ainda estavam disponíveis na “cidade isolada”, onde “chefes de hotéis estão lucrando descaradamente ao cobrarem até £ 500 (cerca de R$ 1,9 mil) para uma noite num quarto básico” para uma data perto do jogo contra a Itália, no dia 14 de junho do próximo ano, além do vôo mais barato saindo de Londres, via Lisboa, sair a £ 1,200 (R$ 4,5 mil, aproximadamente).

Para ilustrar o isolamento de Manaus, a distância entre a capital e o Rio de Janeiro é enfatizada – onde demora-se quatro horas de avião ou dez dias, por estradas e rios, e ilustra Manaus com imagens de palafitas e favelas sobre os igarapés.

O texto volta a falar das favelas que comandam os “distritos sem lei” locais, dizendo que os casebres são pintados de cores diferentes para indicar à população que tipo de drogas eles vendem.

Apesar de mencionarem que Manaus foi um dia uma das mais ricas cidades do Brasil, por causa da extração da borracha, fala que atualmente é um dos lugares mais perigosos e brutais do País, onde “barões da cocaína assumiram controle”. “Eles são tão temidos que juízes são escoltados 24 horas por dia por uma equipe de elite da polícia”, escreve Hill. (Uol)

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