O quadro
negro, peça inerente à sala de aula durante séculos, está prestes a dizer adeus
às escolas públicas municipais de Parauapebas.
A antiga ferramenta pedagógica dará lugar a quadros digitais, que podem
ser operados com o uso do dedo, dispensando, assim, também o do ultrapassado
giz.
A Secretaria
Municipal de Educação de Parauapebas (Semed) começou a substituir os antigos
quadros pelos novos e tirar de vez de cena o pós de giz, desde a última
terça-feira, 12. As salas de informática foram as primeiras a serem
contempladas.
Um curso de
capacitação para o manuseio dos novos quadros precedeu o início das entregas.
Inicialmente 60 professores de informática participaram. Eles serão os
responsáveis pelo treinamento dos demais profissionais em suas respectivas
escolas. A expectativa é que a partir do segundo semestre todas as escolas já
disponham do novo artefato.
A
implantação de quadros digitais nas salas de aula das escolas municipais faz
parte de um conjunto de ações que visam a melhorar as condições do ensino
público, dando maior comodidade aos professores por meio de investimento em
novas tecnologias.
Recentemente
a prefeitura implantou um programa de inclusão digital que incluiu, além da
entrega de projetores multimídia a todas as escolas, notebooks a todos os
professores, “os verdadeiros responsáveis pela a nossa qualidade de ensino”,
avalia Raimundo Neto, secretário de educação.
“É preciso
reconhecer quem de fato é o agente do processo educacional, o papel do governo
é dar as condições, escolas de qualidade, climatizadas, e as condições
tecnológicas para o atual momento que estamos passando, e o papel de nossos
professores é fazer um bom uso dessas condições que oferecemos e continuar
trabalhando pela continuidade da melhoria de nossos índices”, disse Raimundo
Neto.
NOVAS
TECNOLOGIAS
A adequação
das escolas municipais ao século XXI trará significativos avanços para
aprendizagem de todos os alunos, avalia o professor de informática Edvan
Oliveira, 32. Formado em pedagogia e acadêmico do curso de Licenciatura em
Informática, Edvan pondera, todavia, “que alguns professores com pouca
afinidade às novas tecnologias terão um pouco de dificuldade para lidar com
tudo, logo no início, mas logo, logo, se adaptarão”.
“A
tecnologia é a mão ajudadora do presente, e nós temos que nos adequar, pois
nossos alunos chegam de suas casas com uma bagagem tecnológica muito grande,
adquirem pela TV, jogando Playstation, mexendo no celular, no computador, e se
chegam à sala de aula e vêem coisas ultrapassadas, não se interessam”, avalia o
pedagogo.
QUALIDADE DE
VIDA
Edvan
ressalta ainda que os quadros interativos não trarão apenas qualidade de
ensino, mas também qualidade de vida a todos os profissionais e alunos. “O
quadro interativo vai aumentar o nosso repertório didático, o aluno vai poder
interagir mais com o professor, de sua carteira poderá utilizar um mouse sem
fio e participar ativamente da aula”.
“Além disso,
vamos aposentar de vez o giz, um vilão para a garganta de nossos professores e
alunos, melhorando a qualidade de vida de todos”, conclui Edvan de Oliveira.
Os quadros
digitais começaram a chegar às escolas desde a última terça-feira, 12, primeiro
nas salas de informática. É uma lousa interativa, de porcelana, um material de
ótima qualidade, com garantia de durabilidade média de 20 anos.
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