Advogados de Marabá, no sudeste do Pará, participaram de uma sessão especial na Câmara de Vereadores do município para denunciar a violência contra a categoria. Uma faixa com a frase “Até quando os advogados do Pará serão assassinados por pistoleiros?” resumia o motivo do protesto.
Segundo o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade, Haroldo Garcia, nos últimos dois anos, cinco advogados foram mortos no Pará. “A OAB trouxe a discussão dessa violência que está havendo em toda a sociedade. Esse homicídio que houve em Parauapebas foi apenas o estopim para essa indignação”, afirma.
O advogado criminalista Dácio Antônio Cunha foi assassinado no inicio do mês, ele tinha 41 anos e há 11 trabalhava em Parauapebas. O crime aconteceu no dia 5 de novembro, na porta da casa onde morava e até o momento ninguém foi preso pelo crime.
Para a OAB, o número de ameaças a advogados vem aumentando em todo o estado. As ameaças chegam também aos magistrados que atuam na região.
Em Marabá, o juiz do trabalho Jônatas Andrade da Conceição denunciou as ameaças que vinha sofrendo. “Todas as providências que se faziam necessárias para a melhora da nossa segurança estão sendo tomadas”, disse.
O major comandante do 4º Batalhão de Polícia em Marabá, José Eduardo Cardoso, diz que faz um trabalho intensivo na região para combater a criminalidade, inclusive as ameaças contra os advogados. “Os índices de violência e criminalidade estão diminuindo, isso de uma forma geral contribui para dar um pouco mais de segurança para toda a população e inclusive para os advogados”, afirmou.
G1
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