Justiça determina que empresas paguem R$ 1 milhão de indenização.
Vale diz que está discutindo o caso na Justiça.
Terminou nesta terça-feira (18) o prazo para que a companhia de mineração Vale e uma empresa terceirizada paguem a indenização de R$ 1 milhão a uma trabalhadora que foi atacada por uma onça dentro do acampamento onde trabalhava para a mineradora. Laurilete da Silva sofreu diversos ferimentos, principalmente no rosto. O ataque aconteceu em novembro de 2011, no primeiro dia da auxiliar de serviços gerais no emprego na Serra de Carajás, região sudeste do estado.
A decisão da Justiça sobre o caso foi divulgada este mês. As duas empresas devem pagar R$ 700 mil de indenização moral e outros R$ 300 mil por danos estéticos à vítima.
Para o juiz Mauro Vaz Curvo, o ataque poderia ter sido evitado, caso a empresa tomasse medidas de proteção. "Se eles tivessem colocado uma grade de proteção em volta, como ocorre no núcleo urbano, ou fornecido um meio de transporte à trabalhadora, isso não teria acontecido", diz o juiz federal do trabalho.
"Não me vejo trabalhando em alojamento, mato ou morando perto de mata. Vem tudo na minha cabeça. Para mim, a qualquer momento, vai aparecer um animal para devorar a gente", conta.
Durante a entrevista, a vítima pediu para não ser filmada diretamente porque ainda está se recuperando de uma cirurgia no rosto, necessária devido ao ataque. Ela conta com detalhes o que aconteceu no dia.
"Eu estava andando, indo do alojamento ao refeitório na pausa para o almoço, quando percebi que ela vinha correndo. Tropecei, cai e só vi os rasgos na minha cabeça e os ossos estalando, um momento bem difícil", relembra.
Ela foi atacada por uma onça sussuarana. Um exemplar da espécie está em exposição no Zoológico do Parque deParauapebas, onde fica a Serra de Carajás, no Pará.
A defesa de Laurilene também pediu indenização por danos materiais, mas o pedido foi negado pela Justiça, por isso, o advogado pretende recorrer da decisão. Já a companhia Vale preferiu não se manifestar sobre o caso e avisa que o assunto já está sendo discutido na Justiça.
Fonte: G1.com
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