Aprovado em primeira discussão a proposta de Emenda à Lei Orgânica 
N°001/2012 que prevê aumento do número de vereadores de 11 para 15 em 
Parauapebas. O projeto foi votado na última terça-feira, 15, em sessão 
ordinária. A Emenda é de autoria da Mesa Diretora da Casa, e está de 
acordo com os preceitos da Constituição Federal, que por meio da Emenda 
N°58/2009, delegou aos municípios a competência para definir a 
quantidade de parlamentares, desde que seja respeitado o limite máximo 
para cada faixa de habitantes.
Uma Emenda de autoria do vereador Adelson Fernandes solicitava a mesa 
diretora que o número de vereadores fosse fixado em 17. Mas foi 
rejeitada, pois não cumpria os ritos regimentais, uma vez que pedia a 
alteração do artigo 29-A, que trata sobre o aumento do duodécimo. 
Segundo o vereador Odilon Rocha, a Câmara não tem competência para 
alterar o referido artigo, já que ele está previsto na constituição 
“somente o Senado e a Câmara dos Deputados podem alterar o referido 
artigo, a nós só nos é permitido alterar o artigo 29, que dispõe sobre o
 número de vereadores”.
A emenda em questão não cumpria ainda um preceito do artigo 38 do 
regimento interno da Câmara que diz que qualquer emenda legislativa deve
 vim acompanhada da assinatura de no mínimo 1/3 dos vereadores, ou seja 
quatro, e a emenda em questão só possuía duas assinaturas.
Adelson disse que um número maior de vereadores aumentaria a 
participação partidária. “Quanto menor o número de vereadores maiores as
 chances dos grandes partidos elegerem vereadores. Estão votando 
pensando na individualidade, pensando em dividir o bolo pra menos 
pessoas, pensando que esses vereadores aprovem as contas do prefeito no 
próximo ano, se não colocariam um número maior para que os partidos 
tivessem maior representatividade, para que não tenham apenas dois ou 
três partidos representados”.
O vereador Odilon Rocha, lembrou que se os partido pequenos não 
elegessem vereador não teriam sete partidos representados hoje na 
Câmara. “Hoje os partidos podem coligar e vários partidos pequenos 
coligados se tornam grandes”, o vereador ressaltou ainda que é o povo 
quem tem direito de escolher os vereadores e que o prefeito pode até 
mandar em alguns vereadores, mas não pode mandar na vontade do popular.
“Chegamos à metade da possibilidade, ao invés de aumentar oito cadeiras,
 aumentaremos quatro”. Odilon enfatizou ainda que não se pode chamar de 
irresponsável um parlamento do qual se foi presidente, “quando falo da 
minha instituição e não faço nada estou olhando apenas para o meu 
umbigo, individualmente, se perguntamos a população se ela quer aumentar
 o número de vereadores ou se ela quer acabar com a câmara porque não 
cumpre o seu papel, podemos ouvir a segunda opção”.
O parlamentar Wolner Wagner, lembrou que foram feitas três reuniões onde
 se discutiu entre 15, 17 e 19 e a maioria concordou que fossem 15. “A 
vida é feita de consenso”, Wolner lembrou ainda que é preciso que os 
candidatos tenham compromisso de verdade com a população, por mais que 
queiramos atender nossos partidos temos de lembrar que existe uma 
população exigente por traz.
Faisal Salmen enfatizou que existe uma demanda muito grande da população
 que acha que os vereadores podem colocar água, asfalto, podem garantir 
saúde e isso acaba desvalorizando o vereador. “A população precisa saber
 que o papel do vereador é fiscalizar e você não consegue fiscalizar 
quando o governo tem uma base grande na Câmara”. Faisal disse ainda que 
se não votasse em 15 ficaria em 11. Pois a matéria deliberada é 
rejeitada em um período legislativo, só pode entrar em discussão no 
próximo período legislativo. (Rosiere Morais/Ascom CMP)
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